É como se…
Como se toda a nossa listinha de começo de ano entrasse em congelamento como um outono-inverno.
Como se conhecer o mundo, mudar de carreira, ter um filho, fazer um ano sabático, entrar finalmente naquele curso dos sonhos, pedir demissão daquele emprego, encontrar aquele parceiro ou parceira que estaria disposto a compartilhar todos os sabores e dissabores de uma relação e mais uma porção inumeradas de outros sonhos e desejos estacionassem.
Mas por outro lado, é como se uma imensa janela de novas oportunidades entrassem pela nossa porta mesmo que fechada e nos dissesse – aceita o diferente daquilo tudo que você previu, porque a impermanência é uma constância. Eu sei que soa meio estranho uma janela de oportunidades entrar pela porta, mas é isso mesmo, as oportunidades são como a nossa visão de uma janela, mas o caminho para a nossa vida é pela porta de entrada.
E as oportunidades nos dizem
Nos dizem para a gente se despedir do que víamos como certo, porque certo e errado são pontos de vista que habitam em corpos diferentes e aquilo que um vê como o caminho, para o outro pode ser completamente o oposto. E talvez mais para frente as opiniões mudem de lugar, afinal de contas, quantas coisas pensávamos no passado e que pensamos diferente?
Quem sabe não seja para nós, a compreensão de que isso tudo são nomes para ficarmos em caixinhas pré-estabelecidas que não fazem mais o menor sentido? Já estamos usando o nome “novo normal” porque nada mais será do mesmo jeito nem para aqueles que estão levando a vida igualzinha a que tinham antes.
Eu, particularmente, acredito que é muito difícil viver igualzinho ao que era antes por mais que a gente tenha a tendência de ser nômade ou moramos num lugar privilegiado. Independente de qual a posição que tomamos neste período, de alguma forma somos impactados. Acreditando ou não em tudo o que estamos vivendo.
É como se…
E insisto neste “se”, porque nos gera possibilidades, muitas revisões de valores, prioridades, sentidos e direções estivessem sendo revisitados e regenerados. Como se o perdão estivesse muito mais perto do que ontem e o amor também.
Tenho o costume de deixar textos sempre atemporais, sem dizer o período em si que estamos vivendo, mas neste caso, “vai que” uma pesquisa de um adolescente da geração futura “caia” neste meu legado e leia este texto eu quero que ele encontre nas pesquisas de busca – que serão muito mais tecnológicas e inovadoras – sobre COVID-19, pandemia de 2020, guerra invisível, ele chegue até este texto.
E para você do futuro ou até mesmo do presente eu vou dizer que estamos vivendo algo completamente surreal, mas extremamente mágico, uma oportunidade linda de sermos mais a nossa essência e menos o que conquistamos. Estamos agora distantes de muitos que amamos, mas apenas fisicamente, pois o cordão do amor se expande e quanto mais forte, mais irradia.
Estamos vivendo tempos diferentes de tudo sim, mas nossos antepassados já viveram coisas muito mais impactantes, sem internet – ok geração do futuro, talvez ai a internet não seja nada para vocês, mas hoje para nós tem sido fundamental para as nossas conexões – e com muita gente fazendo o bem em meio ao caos.
É como se o tempo todo de vida nosso fosse exatamente uma preparação para vivermos exatamente o que estamos vivendo agora.
E isso será muito bom, para mim, para você que está lendo, para o planeta e principalmente para expandir o amor.