Diga não ao bullying
Eu já contei que sofri durante um longo período da minha infância, mas naquela época não existia nem este nome e nem um cuidado sobre este tema.
Foram anos tentando compreender o quanto este processo doloroso afetou a mim, saber o que realmente tinha sido machucado de forma tão profunda que me colocava estagnada levou tempo. A verdade é que não havia nada de errado comigo.
Só que este bichinho depois que nos pega uma vez procura disfarces e maneiras das mais diversas para nos atingir – seja no comentário despretensioso, porém, cheio de críticas para o nosso lado, numa olhada maliciosa que garantimos ser sobre a gente, num dedo apontado e em infinitas outras questões que vocês também identificam facilmente.
O ponto é que tendo ou não maldade no julgamento alheio, quem determina até onde o outro vai somos nós mesmos. Se o olhar está sendo para mim ou não só vai me interessar se eu permitir que isto seja mais importante que todo o restante que está a minha frente.
E quanto mais eu estiver focada neste processo doloroso, menos eu vou deixar que a minha vida flua e permitirei que isto se apodere de mim.
E como fazer para não se preocupar?
Não dá para ignorar o fato de ter passado por uma situação destas, mas depois de entender como ela funciona e saber de qual maneira ela se “instalou” em você fica mais fácil identificar quando o bichinho quiser te picar de novo.
E quando ele estiver prontinho para te atingir novamente, olhe bem para ele mentalmente, aceita, agradece, confia e entrega porque são os excessos de controle que nos tornam mais temerosos com aquilo que não devíamos.