Imagine um trem, um metrô, um ônibus biarticulado ou qualquer outro meio de transporte que tenha seções, divisões, vagões…
Normalmente eles transportam pessoas e costumam estar com muitas delas. Quando estamos esperando por eles do lado de fora só ficamos como observadores: não nos comunicamos, trocamos ou se quer podemos fazer com que eles parem. Eles param e rapidamente tudo aquilo que vimos some, mas existe a possibilidade de entrarmos.
O mesmo acontece com as nossas oportunidades. Elas aparecem constantemente em nossas vidas – por um período – e se a gente não fizer absolutamente nada, se vão, como nuvens.
É aquele pedido de desculpas que a gente tinha em mãos prontinho, mas que de repente o ego chegou para nos dizer que isto não era para ser feito, afinal, onde vai parar o nosso orgulho? E ai deixamos passar.
Uma possibilidade de fazer o que amamos, mas pelo medo do que ainda não aconteceu, pela ansiedade de dar errado e já tendo um pensamento negativo embutido, deixamos para ficar na nossa caixinha dos sonhos.
As chances estão disponíveis para a gente grande parte do tempo. Fica em nossas mãos o poder de permitir que elas cheguem de fato até nós ou que elas partam para a próxima estação.
Um momento passado é completamente irremediável.
Perder de vista esta percepção por puro medo de viver é como entrar no vagão sem saber o motivo e seguir o piloto automático porque um dia alguém nos disse que era assim.