Sempre fui o tipo de pessoa do “politicamente correto”. Se há regras temos que obedecê-las. Placas? Servem para segui-las e assim por diante.
Dizem que é por conta do meu signo e ascendente. Eu atribuo a minha criação que sempre foi do tipo “sua cabeça é seu mestre” e pela religião que meus pais eram. Os dois católicos praticantes daqueles que participam de todos os encontros proporcionados, missas, eventos, etc.
Levei um tempo para entender que as placas e as regras eram para ser seguidas sim, mas também eram uma forma mais intimidadora daqueles que tinham intenção de praticar alguma transgressão. Para mim seriam sinalizadores.
Ai eu escolhi a minha própria religião que fala muito sobre o livre-arbítrio, que cada ação gera uma consequência e voltei para a frase dos meus pais “sua cabeça é seu mestre”.
Talvez não faça muito sentido a vocês, mas mesmo assim quero compartilhar o que eu percebi ao longo desta minha jornada. Não é a regra, a placa, os 10 mandamentos ou qualquer outra norma que vai fazer eu me tornar uma pessoa melhor. Eu posso não ultrapassar no farol vermelho e tratar alguém que eu julgo inferior mal e mesmo assim estarei cumprindo a lei.
Ou seja, meus atos devem ser alinhados com quem eu sou, com os meus valores e isto me dá certa flexibilidade: eu não ultrapasso o farol vermelho, mas quando estou sozinha no carro e são 3 da manhã eu ultrapasso, percebem a diferença?
Cumprir tabela é diferente de analisar os prós e contras, saber quem somos e simplesmente reagir. É perceber, sentir e agir. Demorei um bom tempo para chegar nesta conclusão, mas entendi depois de muito bater cabeça que nem tudo que nos proíbe na verdade é para ser obedecido.