Como lidar com a ansiedade diante de tanta informação
Em casa nos últimos dias, me senti soterrado de informações, sem saber ao certo no que acreditar, no que fazer. Conversando com as pessoas e vendo os comportamentos pelas ruas, imaginei que não era só eu a viver essa sensação.
Há algum tempo, meu jeito de lidar com a ansiedade é a meditação. Sentei-me, então, e fui meditar. Busquei caminhos para me conectar comigo mesmo, com o outro. Entender o momento com o olhar do aprendizado que está passando por todos nós.
Desse lugar, tomei algumas decisões e compartilho contigo não como um guia ser seguido, mas como algo que, quando ouvimos nossa voz interior, podemos todos acessar. Se você, neste momento, não consegue fazer isso. Aproveite as dicas abaixo para caminhar em direção ao seu centro. Encontre-se consigo mesmo.
RESPIRA: Inspira… Expira… Inspira… Expira…
Bom, primeiro vamos assumir que o que acontece no momento é totalmente novo para todos nós. E o novo, muitas vezes, dá medo. Sabemos muito pouco sobre Coronavírus e consumir excessivamente informações pode ser ainda mais alarmante.
Te convido a respirar. A parceira Sônia do Centro de Desenvolvimento Dora M Bentes, publicou no seu instagram um ótimo caminho para fazer isso. Também convido você a, depois desse exercício, parar e pensar: o que eu posso fazer para o meu bem-estar? O que posso fazer para o bem-estar do próximo? Tornar-se útil, dentro do que é possível, nesses momentos ajuda a atravessar o medo e a sensação de impotência. Pequenas atitudes já são um grande alento.
Filtre às informações
A minha primeira atitude quando me vi ansioso com tudo que ouvi, vi e recebi foi decidir filtrar informações. Elenquei 2–3 veículos que acompanho ao longo do dia. Decidi ler notícias sobre o assunto em newsletter que recebo pelas manhãs. Foco em saúde e economia. Não acompanho, por exemplo, as repercussões políticas sobre Coronavírus.
Estou olhando o que pode apoiar a manter-me conectado com os outros. Quer saber o que estou lendo? As newsletters do Huffpost Brasil, do Meio e do Nexo Jornal. Entro e acesso estes portais no começo da tarde e só.
Tudo normal na cidade
Bom, com o isolamento, tudo parece sair dos eixos. Sou muito agitado e, para lidar com isso, resolvi transferir reuniões com muitas pessoas para videoconferências, estou priorizando o trabalho remoto na maior parte do tempo, abri a possibilidade de atendimentos online e por aí vai. Só não vale parar.
Também resolvi cozinhar mais! Já que precisamos estar em casa, escolha coisas que também são divertidas. Pode ser que tenhamos tempos difíceis pela frente, mas vamos buscar manter a nossa vibração mais alta possível para atravessar tudo e seguirmos unidos.
Busque ajuda
Não se isole. Se estiver sentindo pânico, depressão, ansiedade, acione pessoas. Desde amigos até ajuda médica. Desde janeiro, a Keila e eu lançamos o projeto Terapeuta de Papel com o objetivo de fomentar a expressão (analógica mesmo — ou seja, escrita à mão, enviada por carta) como ferramenta de autoconhecimento. Agora ela parece fazer ainda mais sentido. Estamos precisando entrar em contato conosco mesmo. Não deixe de expressar o que sente e vive. Se sente medo nesse momento, diga. Para o outro e para você. Deixe ele sair para que possa acolhê-lo e, então, encontrar um melhor caminho para ele.
Se desejar falar conosco, envie um email nesse momento que é melhor não caminhar até o correio. Escreva para eduardo.alves@kayua.com.br e para keila@motivacaotododia.com.br. Vamos conversar!
Ofereça ajuda
Eu moro no Ipiranga. Por aqui, temos muitos idosos. Eu adoro vê-los caminhando pelo bairro, mas pode ser que eles precisem de apoio nesse momento para que não fiquem expostos. Analise perto de você se pode ajudar alguém que esteja em situação de risco. Um exemplo disso foi a Christiane Cralcev, que deixou um bilhete no seu prédio.
Olhe pela janela
Os italianos, você deve ter visto, mostraram que é possível manter a conexão, acene para um vizinho e torne essa jornada mais leve!
A Keila, deixa mais dicas aqui.
Confira com calma. 😉