Em grandes empresas ou aquelas que são mais estruturadas é muito comum existir o famoso “feedback”, que é a resposta de um profissional que está geralmente num cargo acima do nosso para avaliar nossas habilidades, competências, pontos fortes, fracos, etc.
Eu, particularmente, nunca trabalhei em empresas que tivessem isto, aliás a única vez que recebi algo semelhante foi de um chefe que berrava na sala que eu não estava na empresa para ser justa e sim para lotar os funcionários de trabalho dia e noite. Algo bastante motivador e encantador. O mesmo ser que enquanto me mandava embora não tinha coragem de olhar nos meus olhos, mas ai não estamos falando de empresas, estamos falando de perfis autoritários que precisarão de muita evolução para se tornarem seres melhores.
Porém, voltando ao tema, conheço muitos lugares que dão este feedback e que eu acho completamente produtivo. Vejo de forma positiva (considerando que quem faça este trabalho saiba conversar com os funcionários de forma pacífica, harmoniosa e empática), pois quando isto não ocorre é apenas dedo apontado na cara e falta de discernimento entre profissional e pessoal.
Embora este termo seja muito usual em grandes corporações fazemos isto o tempo todo: com a gente e com os outros! Estamos sempre sinalizando de uma forma ou de outra a nossa conduta ou a atitude do outro. Em rodas de amigos costumamos comentar sobre defeitos incorrigíveis de outras pessoas e fazemos isto pelas costas, sem deixar ao menos o causador do comentário ciente do ocorrido. O que faz do ato em si bem pior do que o chefe autoritário que aponta nossos defeitos.
Só que de todos os tipos de feedback que existem o pior é o nosso com a gente mesmo. Temos a tendência de acabarmos com a nossa capacidade intelectual em segundos. Costumamos soltar palavras como “anta, “burro(a)”, “imbecil” e mais vários outros nomes que variam de acordo com a situação que nos detonam sem ninguém precisar fazê-lo.
Por que que a crítica destrutiva tem mais valor do que um elogio? Por que é mais fácil acreditar que alguém falou mal da gente do que bem? Por que quando acontece algo muito bom temos a tendência de dizer “nem parece verdade”?
Eu espero muito que a maioria que estiver lendo este texto não se identifique nestes exemplos, mas é que quando eu paro para refletir sobre isto eu chego a conclusão que vibramos muito mais pelas coisas negativas do que pelas coisas positivas e com isto mais coisas ruins nos acontecem – por pura capacidade nossa de ver no fim do túnel apenas um vazio e nada de luz.
Quando os nossos pensamentos se fecham para tudo de ruim que pode acontecer nosso amparo não nos acessa e criamos um muro imenso de energias negativas fazendo com que ninguém possa nos fazer agir e ver diferente.
Tudo bem, eu sei que existem dias ruins, mas vamos pensar um pouquinho: será que só temos coisas ruins para emanar ao planeta? Será que nada do nosso dia pode ser colocado na caixinha de bons feitos ou bons acontecimentos?
Que tal a gente se comprometer com isto e criar uma caixa de pensamentos positivos para serem colocados durante o dia inteiro? Assim, surge um novo hábito: o de nos aceitarmos independente de qualquer defeito que a gente possua!