A palavra é a forma como nos comunicamos, expressamos nossos sentimentos e de certa forma somos.
E e ela tem poder. É por isto que dizem que é melhor pensar antes de falar, porque depois de dita não dá para reverter. Existe uma infinidade de intenções quando falamos algo: amor, dor, alívio, para jogar a culpa no outro, brigar e mais uma lista extensa.
A mensagem tem dois lados: de quem emitiu e de quem recebeu. Quando a gente é emissor podemos reverter uma frase dita na hora errada basta pedir desculpas, isto se percebermos o que fizemos com a mensagem enviada ao outro, já o destinatário tem o direito de não aceitar nosso pedido de perdão.
Se por um lado é fácil dizer sem pensar por outro é difícil termos humildade de admitir que falamos demais ou falamos besteira e pior, magoamos.
Porém, se somos o receptor, a palavra dita só vai nos atingir se estivermos predispostos a isto. Se aceitarmos de alguma forma aquilo como verdade. E ai vai doer muito. Porque aceitamos verdades ou inseguranças dos outros que nem são as nossas, ou em outro caso pode até ser, pois como diz Flávia Melissa: “incomodou, doeu, leva para casa que é teu”.
E ai temos três opções – acolhermos as ofensas como verdadeiras e nos sentirmos exatamente como o outro nos disse que somos, pegar para nós porque parte daquilo nos aperta o calo ou simplesmente desconsiderar por sabermos que é somente insegurança do outro.
De qualquer forma, que a palavra seja dita como curativo e não como corte e que se cortar seja apenas para despertar no outro um botão de alerta, sem que machuque ou realmente cause dor.