Por estes últimos dias tenho zapeado mais com o controle da TV em busca de filmes. Confesso que não curto muito cinema e filme, mas quando assisto meu estilo passeia entre comédia, comédia romântica ou se tem cachorro na história.
Foi nesta busca que eu cheguei no filme chamado “A pequena morte”. Ele é australiano e fala sobre os relacionamentos amorosos e suas vidas sexuais (secretas). É uma caricatura, comédia (ri à beça), mas o efeito em mim foi mais longe.
Não vou contar a história em si, mas em cada uma delas tinha alguma situação que fazia um dos dois se sentir vulnerável e por conta disto eles arranjavam desculpas esfarrapadas para não serem descobertos pelo parceiro.
Fiquei surpresa com a simplicidade e ao mesmo tempo complexidade do tema. Me vi nele e encontrei todos os casais do mundo. Tudo bem que no filme o foco é sobre fantasia sexual, mas existem momentos que você para e pensa: gente a comunicação é falha em todas as relações.
Quantas vezes acabamos camuflando algum sentimento ou pensamento por não querer ser julgado ou questionado?
Não seria muito mais fácil a gente dizer ao outro, neste caso ao nosso parceiro, que gostamos de determinadas formas de amor, por mais estranhas que possam parecer, do que inventarmos histórias aleatórias para não sermos “desmascarados”?
A máscara é sempre criada pela gente se não mudarmos a forma de nos enxergarmos e vermos o mundo continuaremos nos escondendo diante do espelho.
Optar em ser verdadeiro com o outro pede que antes de tudo sejamos honestos com nós mesmos. E isto não tem preço que pague.