Amar.
Este verbo que nos leva para lugares que nunca pensamos estar. Que nos faz dizer as coisas mais tolas da forma mais doce e ainda se sentir feliz por isto.
Amar deveria ser obrigatório:
” – Nasceu? Vai ter que amar 24 horas por dia!”
Imagina nascer e viver amando?
Seria um sonho.
Muita gente acredita que ser feliz é ser amado.
E que este amor deve por obrigação vir de fora.
Vir do outro.
E que só assim, com a correspondência do amor do outro, o seu eu será completo e feliz.
Eu acreditei muito tempo nisto.
Apostei fichas e mais fichas em amores fadados ao fracasso.
Fadados ao fracasso porque eu não entendia o que era amar.
Eu não sabia como amar o outro.
E pensava que abdicando de mim teria este amor.
Foi ai que chegou o amor verdadeiro.
O amor ideal.
O amor real.
Foi ai que eu saquei tudo.
O amor não funciona como xarope, goela abaixo.
O amor vem de dentro e se expande.
E no dia em que eu aprendi isto e comecei a me amar, compreendi que o amor não se ensina, se sente.
E para sentir precisamos praticar o auto-amor.
O nosso cuidado e afeto conosco.
O nosso respeito e carinho com a gente mesmo.
E depois de perceber isto tudo, eu me amei.
E me amei tanto que não reparei o quanto de outros amores eu conquistei: amores amigos, amores famílias, amores colegas, amores virtuais, amores animais, amores da natureza, amores de gostos, amores de cheiros e amores por inteiro.
Porque o amor atrai mais amor.
Eu não sei por quanto tempo você vai percorrer para chegar neste amor, e talvez você já esteja nele, mas não esqueça de continuar amando, porque como dizia Carlos Drumont de Andrade: “amor se aprende amando”.