Amar também é saber se despedir. Sair quando não faz mais sentido permanecer. E não sofrer com isto. É abrir mão, deixar para lá, esquecer, abandonar, desapegar…
Amar, é desejar com todo o nosso coração e alma que o outro seja feliz, que fique bem, independente de ser conosco. Que o outro viva de forma plena e não nos sentirmos mal caso a escolha dele não seja estar ao nosso lado.
Também é respeitar o outro como ele é. E para isto precisamos aceitá-lo. Se amamos alguém, mas estamos o tempo todo corrigindo ou querendo “arrumar” seus defeitos não é amor, é egoísmo, porque queremos que o outro seja como nós desejamos.
Em dias de possessividade, de “meu’, de “egos” inflados amar é um desafio, porque são dois. E temos que pensar como dois. Ceder. Conceder. Relevar. Aprender. Arriscar. Confiar. É cuidar. Não ter medo em demonstrar afeto. Desculpar e pedir desculpas também, pois não somos perfeitos.
Amar é, metaforicamente, torcer para o time que não é seu pelo simples fato do outro ficar feliz. Permitir que ele brilhe, voe, siga seu caminho cada vez mais pleno. Não para criar vínculo ou uma “co-dependência”, mas para ver seu crescimento e ser feliz por isto.
É ouvir prestando atenção em cada palavra, mas acima de tudo ouvindo o que a alma diz.
É aplaudir sem orgulho. Festejar sem ser o centro das atenções. É enaltecer as qualidades alheias.
Porém, amar também é se respeitar. Colocar limites. Indicar até onde é permitido e a partir de qual momento torna-se falta de respeito. É se aceitar. É compreender que o outro nos dá o melhor que tem que nem sempre é o que nós merecemos. E termos a certeza que merecemos mais. E irmos atrás disto.
É não depender de um amor para viver, mas querer ter este amor porque amar é bom. Porque amar faz a gente sorrir à toa. Porque amar alivia as dores e fortalece a alma.
É estar preparado para todas as oportunidades de amar e educadamente rejeitar quando não for amor.
Amar também é saber se despedir…sair quando não faz mais sentido permanecer.