Acolha seus medos
Eu tenho um amigo que desde pequeno tinha medo de água. Ele cresceu sem aprender a nadar, mas depois de muito autodescoberta e entendendo que este processo poderia ser enfrentado ele decidiu iniciar aulas de natação. E o resultado foi que ele hoje nada muito bem.
O medo é muito particular, pois cada um de nós age de uma forma e vê a vida de um jeito.
O que te faz acolher seus medos?
Na psicologia analítica, proposta por Carl Gustav Jung, todos os sentimentos são necessários, assim como o medo. É com ele que temos o limite das nossas ações, é ele quem nos faz parar no farol vermelho porque podemos causar um acidente. É ele que coloca um limite.
Porém, ter muito medo nos paralisa…
O que fazer com ele então?
Fingir que não estamos sentindo nada a princípio pode parecer uma boa solução, mas com o passar do tempo resulta em doenças que chamamos de psicossomáticas. Seguindo o estudo da psicologia junguiana é importante olharmos para as nossas questões mais escondidas que chamamos de sombra, aceitar, acolher o sentimento que for, raiva, angústia, tristeza, pois só reconhecendo eles que podemos fazer algo com isso.
E quando estamos prontos a vida acaba nos colocando em frente a esta experiência para experimentar este sentimento que fingimos não existir.
Ao fugir, não encontraremos os motivos que nos levam até este medo e nem como fazer para desativar. Ao negar o medo potencializamos ele, pois aumentamos os monstros que o alimentam, damos asas, pernas e tamanhos muito maiores do que eles são.
Como não ter mais medo?
No caso do meu amigo o que ele encontrou foi uma forma de aprender a olhar para aquele medo que parecia ser enorme e transformá-lo em algo possível dele transpor.
Provavelmente o início foi doloroso, trabalhoso e até mesmo estressante, mas também deu a ele uma força maior, fez com que ele olhasse para essa experiência com aquela sensação de sucesso. O foco se transforma em superação e não no medo.
Entendemos que a vida é bem maior do que os medos que paralisam e que muitas vezes eles são apenas criação da nossa mente.
Um processo de autoconhecimento acompanhado de um bom te auxilia neste caminho.
Em consultório, conseguimos trabalhar estas questões e muitas outras. O caminho é trilhado junto, mas quem dá o passo é você.