Conviver é se relacionar com o outro que pode ou não ser parecido com a gente. É se identificar com o caminhar ou não ter a menor afinidade. É conhecer um modo de pensar diferente do meu e entender como sendo algo natural. Pode servir também como exemplo do que incluir em nossa vida ou excluir. Uma espécie de manual de conduta, de acordo com a nossa visão de mundo.
É, em geral, muito positivo.
Porém, se a nossa vida tiver como parâmetro uma outra pessoa que não nós mesmos entramos numa grande roubada.
A maioria das nossas crises correspondem a uma realidade que não é nossa. Por exemplo, queremos ser bem sucedidos na vida profissional e colocamos como exemplo alguém que admiramos, mas que não tem a mesma jornada que a gente. Ou buscamos um relacionamento amoroso com alguém incrível e como meta escolhemos algum casal que gostamos e achamos que é o melhor de todos, mas não vivemos na pele deles.
A partir do momento que nos comparamos com a vida de alguém, perdemos. Perdemos energia, tempo, foco, concentração em sermos nós, vibração positiva para alcançarmos nossos objetivos e deixamos de lado toda bagagem que conquistamos até o momento presente.
Surge uma sensação de não sermos bons o bastante…e este é um caminho dolorido.
Mas, podemos fazer um exercício rápido agora mesmo. Basta pensarmos na situação que nos comparamos a alguém. Agora num passe de mágica, eliminamos a pessoa da história. Quem fica?
Apenas nós mesmos…Ou seja, se na caminhada o nosso parâmetro formos nós, dificilmente teremos crises existenciais ou problemas de autoestima, o máximo que pode acontecer é um processo interno de querer sermos melhores baseados apenas na nossa vida.
Tirando a comparação, sai a inferioridade ou a sensação de fracasso que normalmente está atrelada ao outro. E com isto, podemos seguir nossa trilha mais leves e determinados.
Esse tema e muito importante. Em nossa sociedade de consumo e entretenimento, nula de valores reais, a maioria das pessoas baseia sua existência na de outras pessoas que supostamente obtiveram sucesso.
Por isso que vale um olhar para nós mesmos ao invés de olhar a grama do vizinho, não é mesmo? E aceitarmos a nossa vida e tudo que inclui ela!