A calça pode ser exatamente aquela que estávamos paquerando há tempos, o carro do mesmo modelo que nos encantou logo que vimos a propaganda na televisão e que agora é nosso, o apartamento como o dos nossos sonhos, aquele canudo desejado da formatura chegou em nossas mãos (finalmente) ou a tese do mestrado foi aprovada, a empresa ser aquela que foi nosso pedido por anos, ter encontrado o amor das nossas vidas, feito a viagem mais que perfeita…
Podemos estar com a vida que pedimos a Deus (ou a força superior que acreditamos existir) e mesmo assim não estarmos nos sentindo completos, inteiros. Porque podemos ter tudo aquilo que sonhamos ou desejamos e não ter a nossa casa interna em ordem e ai nada valerá. O sorriso acaba mostrando que falta algo, as palavras mais doces ficam faltando um pouquinho de melado e transparecemos de alguma forma que algo dentro de nós não vai bem.
Não basta completarmos o nosso tanque emocional com tudo aquilo que vem de fora: coisas materiais, afetos ou conquistas pessoais e profissionais. Se a fundação da nossa casa não estiver bem alicerçada, se a nossa alma não estiver inteira, a incompletude será percebida a quilômetros independente da quantidade de coisas ou pessoas estejam ao nosso redor. E não dá para querermos construí-la de um dia para o outro.
Toda construção se faz aos poucos: um tijolinho após o outro e entre eles o cimento para juntar. Cada passo dado vai em direção a uma evolução e é de pouquinho em pouquinho que construímos.
Mas existe uma regrinha básica para que a gente chegue na equação perfeita: respirar calmamente para acalmar a mente e sentir dentro do nosso coração o que nos falta de verdade. A resposta sempre vem quando serenamos e permitimos que a nossa alma fale!