A palavra é grande: re-ci-pro-ci-da-de, mas o significado dela é curto e simples – dar e receber.
Ela é essencial para os relacionamentos, tanto de amizade quanto amorosos, pois se isto não acontecer é uma via de mão única e não dos dois lados. Nós, seres humanos, nascemos com este dom o de retribuir carinho, amor e amizade aos outros.
E isto pode ser das mais variadas formas, seja demonstrando em palavras, ações ou apenas no silêncio.
Só que tem gente que pede por reciprocidade, mas não retribui e não reconhece, a estes damos o nome de egoísta. Outros se doam demais e acaba virando desvalorização, falta de amor-próprio, mas a pergunta a ser feita é – qual a dose certa?
É quando doamos o tanto que gostaríamos de receber, sem o sentimento de peso, obrigação ou frustração, quando é um ato leve. O outro ponto é que nenhuma relação saudável é unilateral, se isto acontece acenda seu alerta vermelho e reveja sua prioridade, reveja quem realmente é válido estar por perto, quem se dedica a você com a mesma intensidade.
Vocês podem estar se perguntando se eu estou sugerindo que as nossas relações sejam na base do interesse “só ofereço se alguém tem algo a me retribuir”, na verdade não. Não estou falando de caridade, que é ajudar sem olhar a quem, o que estou mencionando são aqueles relacionamentos onde sabemos claramente que só um lado investe, só uma mão se doa, só um braço vai. É ai que o amor a nós mesmos deve ser revisto e fortalecido.
Se você sente que apenas seus braços estão acolhendo pode ser amor demais ao outro e de menos a você. Reveja e se ame mais.