A magia de ser ajudado
É normal ter aquele dia (ou aquele momento de vida), em que tudo parece estar em câmera lenta e as coisas não andam direito. O momento que eu chamo de “caramujo” que se pudéssemos ficaríamos em formato de bolinha encostadinho num canto imperceptíveis.
Já se sentiu assim? Eu já e muitas vezes.
E cada um reage de uma forma de acordo com a sua atitude de personalidade, uns mais introvertidos preferem sumir da vida do outro e se entenderem internamente. Os introvertidos necessitam de um tempo para elaborarem com eles mesmos. Já os extrovertidos necessitam do “objeto”, no caso o outro, para conseguirem elaborar melhor suas dores e angústias.
Os termos introvertido e extrovertido são parte da psicologia analítica de Carl Gustav Jung.
Geralmente nós preferimos oferecer ajuda e essa escolha pode ser por qualquer razão: ter essa habilidade, gostar muito da pessoa, devoção, ter um perfil assistencial entre outros. E pensa comigo, é bem mais fácil ajudar do que se ajudado não é mesmo?
Pedir ajuda é um ato de humildade
A magia de ser ajudado se manifesta nas mais diferentes formas, mas na força contrária, dizer que está tudo bem e que não precisa de ajuda é uma atitude muito comum também.
De qual lugar de dentro de nós que vem esse receio em admitir que não estamos dando conta?
Eu não poderia deixar de lado a importância do trabalho da terapia, pois, auxilia a pessoa em seu processo de autoconhecimento e é fundamental para a construção de quem somos nesse mundo.
Por que seria humilhante pedir colo?
Porque existe uma sociedade que incentiva o sucesso, que ensina que é feio chorar ou ser sensível, que temos que ganhar sempre, que não podemos dizer que temos problemas. Que está tudo bem sempre. E que não ensinou o ato de perder, de fracassar, de recomeçar.
Já percebeu como acontece quando alguém não está bem? Os comentários são em tom de julgamento como se ninguém tivesse isso na vida, como se somente aquela pessoa passasse por momentos ruins.
É por isso que encontro em meus atendimentos pessoas de meia-idade que chegam envergonhadas achando que são uma grande decepção porque “não deram conta”, “não conseguiram”, não conseguiram o quê? E outros fogem completamente de terapia alegando que não precisam e sabem resolver suas próprias questões sozinhos.
” Tudo aquilo que resiste, persiste” já dizia Carl Gustav Jung. O que não olhamos ou resistimos toma força e pode tomar conta da gente.
Pedir ajuda é um ato de amor-próprio
Não há mal em solicitarmos ao outro uma força extra quando a gente não está conseguindo. E sabe qual é a parte mais legal nisto tudo?
É que sabemos como o coração fica aquecido quando ajudamos alguém, então saberemos que quando o outro nos ajuda está se aquecendo também. É desta forma que as pessoas que nos ajudam se sentem, ou seja, não faz sentido ter orgulho.
– Quando eu te ajudo eu me ajudo também!
Se passarmos muito tempo da vida recusando ajuda uma hora podemos ficar realmente sem ter a quem recorrer, porque emudeceremos e o outro acostumado com o nosso silêncio não entenderá nossos sinais.
Que tal tentar este exercício de falar ao outro que as coisas não estão bem? Você vai saber escolher a pessoa certa e ela vai se sentir muito bem em poder contribuir positivamente de alguma forma contigo.
E se este texto aqueceu seu coração entre em , terei o maior prazer em te auxiliar nesse processo!