Sabe aquele balanço de vida que fazemos normalmente no final do ano? E que colocamos as metas e tudo o que queremos mudar para os próximos 12 meses?
Eu faço isso de tempos em tempos, não aguardo até o último mês do ano.
Entra mês, sai mês e na lista sempre fica um mesmo item. Por mais que eu saiba que ele é necessário para o meu aprimoramento eu já percebi que tenho dificuldade em mudá-lo. Ou pelo menos diminuir a quantidade de vezes que peco nisto.
É como uma droga ou um vício, quando reparo já estou pegando o “cigarro” fictício.
Eu até começo os primeiros dias me comprometendo, do mesmo modo que a gente faz quando inicia aquela dieta, ou a atividade física, quando decidimos beber mais água, fazer mais trabalho voluntário, ler mais livros ou qualquer outra meta, mas é só passar algum tempo que me vejo no ponto de partida novamente.
Dizem que se a gente começa um hábito novo diariamente e segue com ele por mais de 21 dias torna-se um hábito. E para chegar nestes 21 dias? Como fazer?
Decidi uma técnica diferente – se eu conseguir refletir antes de tomar a atitude repetitiva que eu tenho já vai valer uma estrela. Se eu pensar a respeito e não concluir a atitude me darei duas estrelas e se isso continuar por mais de um dia aumento as recompensas.
Passando de uma semana me parabenizo e começo tudo de novo até completar um mês. Porém, o mais importante – se eu falhar – me darei o direito do erro e pedirei desculpas a mim sem me punir por isto.
Desta forma, praticarei a autocompaixão se falhar na missão e com isso talvez eu me trate com mais compreensão e consiga acertar mais vezes nesta meta.
Na verdade, o que eu percebi é que o problema das metas não são elas, são as nossas expectativas e rigorosidade em cumpri-las. Na tentativa de não errar acabamos com a nossa autoestima na primeira queda. Sendo assim podemos imaginar que não somos nós que estamos falhando e sim o outro. Será que seríamos tão duros com eles como somos com a gente?
Uma dose de autocompaixão. Outra de compreensão. E chegaremos lá.